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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou no dia 20 de dezembro um resolução que autoriza a venda de autotestes para detecção do vírus HIV em farmácias. O modelo é similar aos testes vendidos nas farmácias para detectar a gravidez.
Em geral, esses testes de HIV fazem o diagnóstico por meio de fluidos da gengiva ou da mucosa da bochecha. Outros utilizam uma gota de sangue, com um pequeno furo na ponta do dedo. Os resultados saem em até 30 minutos.
A nova norma permite que as empresas que fabricam os testes solicitem registro para venda dos produtos no País, o que não era possível até então.
Segundo o diretor da Anvisa, Renato Porto, a ideia é disponibilizar um mecanismo de “triagem” de possíveis casos de infecção por vírus HIV.
Hoje, a estimativa é que 20% das pessoas que vivem com HIV e Aids no Brasil ainda não foram diagnosticadas – ou cerca de 150 mil, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
“Isso abre a possibilidade para as pessoas fazerem seus testes e, tendo resultado positivo, fazerem uma busca mais detalhada. A descoberta o quanto antes possível do HIV é importante para o tratamento”, diz.
A discussão sobre a liberação da venda de autoteste de HIV, porém, tem sido alvo de polêmica em diversos países. Um dos impasses é o receio de que resultados falso-positivos ou falso-negativos confundam e tragam prejuízos ao paciente, além de riscos para parceiros,como deixar de usar preservativo em relações sexuais.
Após o teste, pessoas devem procurar confirmar o diagnóstico com mais exames.
Fonte: Folha