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O Centro de Referência e Treinamento DST/Aids do Estado de São Paulo, conhecido pelo nome da rua onde atende (Santa Cruz), na Vila Mariana, foi criado em 1988 com a missão de coordenar a luta contra uma epidemia que já assustava o mundo. Naquele ano, o país registrava 4.535 casos da doença. Uma extensa lista de nomes de famosos e de desconhecidos começava a se juntar na galeria dos mortos pela Aids. Há notícias animadoras, como a queda de 10,9% nos óbitos entre 2003 e 2014. Mas quando se observa que o número de casos novos entre os jovens resiste em cair, vê-se que a Aids ainda tem muito terreno para crescer, especialmente entre as novas gerações. “Esses são os grandes desafios: sensibilizar os adolescentes e jovens, convencer as pessoas a fazer o teste e trazer de volta aqueles que abandonaram o tratamento”, diz Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo. O outro desafio é reduzir o preconceito e a discriminação, que anulam todos os outros esforços, diz a médica.
Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde (MS), de 1980 a junho de 2015, o Brasil registrou 798.366 casos da doença. Atualmente, estima-se que sejam 734 mil pessoas vivendo com HIV e Aids; desses, 150 mil não sabem que estão com o vírus. No pico da epidemia, em 1995, o País teve cerca de 15 mil óbitos, contra 12.449 em 2014. O número caiu, a epidemia se tornou silenciosa, mas continua matando. “Só no Estado de São Paulo, são oito óbitos por dia, ou 2, 7 mil mortos a cada ano, o que é muito”, afirma Maria Clara.
A maioria dessas mortes se deve ao diagnóstico tardio da doença e ao abandono do tratamento. É surpreendente que isso ainda ocorra quase duas décadas após o “coquetel” ser disponibilizado na rede pública, e depois que as campanhas e postos de testagem se multiplicaram em todo o país, observa a médica.
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Fonte: Cremesp