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A cientista Marina Cavazzana, hematologista do hospital Necker, na França, começou a testar uma terapia gênica que tem como intuito impedir a replicação do HIV em pacientes. Os chamados “lentivírus”, microrganismos com longos períodos de incubação e pertencentes à mesma família do HIV, serão utilizados para transportar genes terapêuticos para combater vírus.
Dessa forma, esses genes serão colocamos nas células-tronco da medula do paciente, retiradas previamente e corrigidas geneticamente em laboratório para inclusão do antivírus. Após esse tratamento, as células serão novamente injetadas nos pacientes.
A expectativa é que o antivírus crie pacientes com maior resistência ao vírus da Aids, o que impediria que ele fosse replicado no organismo. Segundo a pesquisadora o antivírus contém RNA (ácido ribonucleico, essencial no comando e coordenação dos processos biológicos), capaz de diminuir, ou anular completamente, o co-receptor da membrana do vírus HIV.
A experiência será realizada no hospital Saint Louis, que possui um centro de referência na área em parceria com o hematologista francês Eric Oksenhendler.
Se o tratamento genético der certo, a pesquisadora vai tornar a carga do vírus indetectável sem a necessidade de medicamentos. Ainda é cedo para falar em cura, mas é possível que o tratamento torne o organismo do paciente totalmente inócuo para a doença.