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Anaids entrega carta a Fábio Mesquita contra possível mudança de atendimento das pessoas com HIV

Anaids entrega carta a Fábio Mesquita contra possível mudança de atendimento das pessoas com HIV

A Articulação Nacional de Luta Contra Aids (Anaids), colegiado que reúne os Fóruns de ONGs/Aids de todos os estados brasileiros, redes e demais representações do movimento social de luta contra a aids, entregou uma carta com diversas reivindicações para o Diretor do Departamento de DSTs, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, além de enviá-la para diversos outros órgãos governamentais. A entrega ocorreu durante o 7º Encontro Estadual de ONGs/Aids do Rio de Janeiro, que acontece esta semana.

Na carta, os ativistas criticam a possível alteração no atendimento às pessoas que vivem com HIV/Aids, que, caso efetivada, fará com que sejam atendidas na Atenção Básica e não mais junto às especialidades. Os autores da carta, embora reconheçam a importância da atenção básica no combate à epidemia, acreditam que a resposta brasileira à aids só foi bem sucedida por conta dos investimentos especializados.

“[A área especializada] se firmou como serviço de qualidade envolvendo aspectos como criação de vínculo nos serviços, acompanhamento dos tratamentos de forma diferenciada e garantia de permanente investimentos”, dizem.

Os problemas da atenção básica, como a falta de profissionais e a demanda crescente só iriam se ampliar com a inclusão desses novos pacientes, segundo os ativistas. Fora isso, os profissionais devem ser capacitados para receber as populações com HIV/Aids, argumentam.

“Da forma desestruturada e sem resolubilidade que a atenção básica está hoje, será que tem condições de atender essa população dentro das especificidades, vulnerabilidades e respeito aos direitos humanos?”, perguntam-se, no documento.

Os ativistas finalizam a carta reivindicando uma postura propositiva por parte do Departamento, com políticas inovadoras que resultem em ações condizentes com a realidade do país.

“Desta forma requeremos das autoridades de saúde mais compromisso com a qualidade de atendimento dos pacientes e participação nas discussões que vão acarretar mudanças em suas rotinas de tratamento e, por consequência, em suas vidas”, dizem.

Fonte: Agência Aids