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Executivos do Banco Mundial estiveram na tarde de segunda-feira, dia 12 de agosto, no Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde para a abertura da Missão de Supervisão Aids-SUS, que se estenderá durante toda a semana. Recepcionados pelo diretor Fábio Mesquita, os executivos se reuniram com a equipe para conhecer os novos projetos que estão sendo implantados e os desafios que os números da aids trazem para o departamento.
Segundo Mesquita, o momento no Departamento é de reestruturação em vista do cenário que se desenha nacionalmente, apesar das peculiaridades regionais. Um dos destaques das mudanças é a implantação da coordenação de laboratório, que, para ele, estava subestimada. Essa área é a responsável pela gestão dos processos técnicos para os diagnósticos das DST e hepatites virais e constitui o pilar da resposta à epidemia no momento em que as evidências cientificas demonstram a eficácia do tratamento como prevenção.
Outro ponto destacado por Mesquita foi a coordenação de hepatites. Para ele, a doença tem sido negligenciada, uma vez que os números no mundo demonstram que a mortalidade causada já supera a de aids. O diretor afirmou que departamento já trabalha em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para o combate à enfermidade, colocando o Brasil como um dos principais protagonistas no acesso universal ao tratamento.
Em relação à aids, os projetos do departamento contemplam a implantação do tratamento como prevenção independentemente do CD4, alinhando o país à inovação e à evidência científica atuais, uma vez que toda iniciativa programática deve ser baseada em ambas. Mesquita acrescentou que o diálogo também deve ser ampliado com todos os atores sociais. “A conversa não deve ser apenas com a sociedade civil organizada, mas também com outros steakholders, como universidades, cientistas, ONG internacionais, entre outros interessados”, afirma. Outro ponto importante é a expansão do atendimento pelo SUS, a partir da estrutura da atenção básica, na medida em que a atenção às pessoas que vivem com HIV torna-se cada vez mais simplificada com a introdução da dose única e combinada.
Para a executiva do Banco Mundial, Daniela Pena de Lima, os pontos de trabalho afirmados pelo diretor vão ao encontro daquilo em que a instituição acredita, que é ampliar a rede de proteção e diagnóstico. “O novo posicionamento abre um espaço interessante para um outro direcionamento da parceria entre o Departamento e o Banco Mundial”, afirmou Daniela.
Ainda nesta semana, diversas reuniões com as coordenações do Departamento estão programadas, as quais contarão com a presença do epidemiologista do Banco Mundial, David Wilson.
Fonte: Agência Aids e Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais