A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) através da mãe durante a gestação, parto e, em alguns casos, durante a amamentação, podendo acontecer das seguintes maneiras:

– Durante a gestação (intra uterina);
– No trabalho de parto (pelo contato com as secreções cérvico-vaginais e sangue materno);
– Por meio da amamentação.

É importante ressaltar que, a transmissão vertical através da amamentação pode ocorrer em qualquer fase do aleitamento materno, no começo, no meio ou no fim, e em aleitamentos que são de curta ou de longa duração.

Como evitar que a transmissão vertical aconteça

É muito importante que as mães façam periodicamente exames para detectar o HIV, bem como utilizem preservativos em todas as relações sexuais, inclusive as de relacionamento estável. Esse cuidado e proteção devem seguir até que a criança não esteja mais consumindo o leite materno.

O uso da PrEP também é indicado para mães que estejam amamentando e tenham a necessidade de proteção contra a infecção de HIV/AIDS.

Em resumo, as mães devem fazer o pré-natal assim que descobrir a gravidez, continuar utilizando o preservativo em todas as relações sexuais, inclusive nas sem penetração, manter os exames de rotina e buscar o máximo de informação.

Transmissão vertical x amamentação

É importante lembrar que as mães que vivem com o HIV/AIDS não devem amamentar, isso porque, como já apontado acima, existe risco de transmissão vertical pela amamentação.

Vale ressaltar ainda que, mesmo em um cenário de carga viral indetectável, a amamentação pela mãe HIV positivo não é recomendada.

“Logo após o parto, o protocolo indica que a mãe deve ser encaminhada para medicação, onde tomará uma injeção que inibirá a produção de leite”- revela a Dra. Daniele Bertolini, infectologista, colaboradora do PCA.

Lembre-se: Não amamentar não torna a mãe que vive com HIV menos mãe ou negligente, muito pelo contrário, não amamentar nesses casos é um ato de amor.

Outras IST’s que podem ser transmitidas verticalmente

Diversas infecções podem ser transmitidas da mãe para o bebê através de transmissão vertical, entre elas o HIV, a rubéola, a sífilis , a hepatite B, a toxoplasmose, e muitas outras.

A presença de IST’s na gestação, caso não seja acompanhada, pode afetar a criança e causar complicações, como aborto, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém-nascido. Por isso a importância do acompanhamento médico e informação!

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