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Jacque, como é chamada por todos, tem 56 anos e vive com HIV há 22. Para ela, receber o resultado positivo foi como uma sentença de morte. “O meu caso não foi diferente das outras pessoas que descobriam seu diagnóstico, naquela época”, conta. Recém-diagnosticada, ela buscou no ativismo ajuda para enfrentar a doença. Uma amiga sugeriu que procurasse o GIV (Grupo de Incentivo à Vida) e lá, além de receber acolhimento, ela deu os primeiros passos na militância de HIV/aids.
“Eu não queria ir até lá, porque eu não sabia se eu estaria viva nos próximos meses, mas minha mãe me deu muito apoio. Então, eu participei de um grupo de acolhimento e de ajuda mutua às pessoas vivendo com HIV. Conheci todo o tipo de gente e a diversidade humana se mostrava à minha frente. Todos me davam muito apoio.”
No GIV, ela fazia traduções de ensaios clínicos com novos medicamentos, participava das reuniões da ONG, mobilizações sociais e passeatas por políticas públicas para a aids. Depois, ajudou a fundar a RNP+ Brasil (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV) e foi descobrindo potenciais que não conhecia. “Eu tenho muito orgulho de falar que sou uma das fundadoras da RNP. Trabalhando pela rede eu descobri minha capacidade de oratória e minha veia ativista. Comecei a falar abertamente sobre minha sorologia e a dar entrevista mostrando o meu rosto. As pessoas davam entrevista de costas, por não querer mostrar que viviam com HIV, mas eu achava que a gente não tinha que se esconder”, lembra.
Para conferir a entrevista completa, acesse: Agência Aids