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O sexto mês do ano é marcado por muitas cores, todas aquelas presentes no arco-íris e que representam a comunidade LGBTQIA+.
O período evidencia a importância de políticas públicas que valorizem e preservem a vida dessas pessoas, além do respeito e combate à homofobia, ainda tão presente e fatal em nossos dias.
O Dia do Orgulho LGBTQIA+, e consequentemente o “Pride Month”, foi escolhido em memória à Revolta de Stonewall. Em 28 de junho de 1969 houve uma ação de repressão policial a frequentadores do Stonewall Inn, um bar de Greenwich Village, Nova York, normalmente frequentado por pessoas da comunidade.
Como uma resposta à ação, foi iniciada uma série de manifestações contra a polícia. O episódio ficou, então, marcado como o mais importante em prol da liberdade e dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
O que é LGBTQIA+
Podemos considerar dois subgrupos dentro das letras da sigla LGBTQIA+.
Algumas delas, como o L, o G e o B referem-se à sexualidade, enquanto as demais, tratam sobre gênero. Mas vamos explicar melhor a seguir.
- L = Lésbicas. Mulheres cis ou trangênero que sentem atração romântica/sexual por outras mulheres.
- G = Gays. Homens cis ou trangênero que sentem atração romântica/sexual por outros homens.
- B = Bissexuais. Refere-se àqueles, homens ou mulheres cis ou transgênero, que sentem atração romântica/sexual por outros homens e mulheres.
- T = Transgênero. O T, diferente das letras anteriores, se refere a identidades de gênero. As “pessoas trans” podem ser transgênero, travesti ou não-binária, a última que se compreende além da divisão “homem e mulher”.
- Q = Queer. Em “queer” temos aquelas pessoas que transitam entre noções de gênero e sexualidade. Como as drag queens, em que a sua escolha não afeta a funcionalidade biológica, mas sim uma construção social.
- I = Intersexo. A pessoa interssexo, por questões biológicas, ou seja, que envolvem cromossomos, genitais, hormônios, etc., não se enquadram em um único gênero, estando entre o masculino e o feminino.
- A = Assexual. Assexuais são aqueles que, podendo variar em nível, não sentem atração por outras pessoas, independente de seu gênero.
- + (mais). O símbolo de “mais” no final da sigla é usado a fim de abranger as demais identidades de gênero e orientação sexual. Veja quais são elas.
Sai “grupos de risco”, entra “hábitos de risco”
Nos anos 80, quando a descoberta do HIV foi oficializada e as primeiras mortes aconteceram no Brasil, o HIV era conhecido como “peste gay”, isso porque a maioria das vítimas do vírus eram homens que faziam sexo com homens.
A desinformação e o preconceito causaram muito medo, mas, principalmente, fortaleceram a discriminação sofrida por toda a comunidade gay, tida como a única que possivelmente seria atingida pela doença. Em dados mais recentes, pessoas heterossexuais são as que mais registram a infecção pelo HIV.
Dessa maneira, já não é correto afirmar que temos um “grupo de risco” para o vírus, mas sim que existem “hábitos de risco”, ou seja, ações que realizadas por pessoas de diferentes orientações sexuais ou gênero, como prática sexual sem preservativo, poderá colocar o indivíduo em risco.
Para todos os grupos, existe o Sistema Único de Saúde, o SUS, que oferece tratamento para as pessoas que vivem com o vírus.
O papel de toda a sociedade
Não podemos olhar para o Mês do Orgulho ou para o Dia do Orgulho apenas como datas que preenchem o nosso calendário. É preciso que diariamente o nosso comportamento tenha um viés contra o preconceito, a discriminação e os crimes cometidos contra as pessoas LGBTQIA+.
O Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans, e para que essa mudança ocorra, temos que cobrar as autoridades e sempre fazer a nossa parte.
Que as cores de junho possam tocar a mente de todas as pessoas e a sociedade seguir, ao longo de todos os outros anos, combatendo o preconceito e vendo sentido na igualdade.
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Fontes:
http://www.aids.gov.br/pt-br/centrais-de-conteudos/historia-aids-linha-do-tempo