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Linha do tempo da Aids: confira a história do vírus HIV

Linha do tempo da Aids: confira a história do vírus HIV

Entre os anos de 1960 e 1980 começaram a surgir casos de diversas doenças, no qual os médicos não conseguiam diagnosticar com precisão.

Sintomas

Os pacientes apresentavam uma combinação de doenças que variam entre sarcoma de Kaposi (um tipo de câncer), baixa imunidade, perda excessiva de peso, fadiga e pneumonia.

Primeira infecção pelo vírus HIV
Só em 1981 que a primeira infecção pelo vírus HIV foi identificada, mas de acordo com os pesquisadores do assunto, a primeira transmissão ocorreu em 1930, no qual acredita-se que macacos passaram o vírus para os seres humanos.

Primeira morte causada pelo vírus
No ano de 1957, ocorreu a primeira morte comprovada pela Aids de um homem, no Congo. No entanto, essa comprovação só aconteceu anos depois com a realização de exames em sangue preservado.

Para entender o surgimento do vírus HIV, bem como, o surgimento da AIDS, preparamos um conteúdo em formato de linha do tempo. Acompanhe!

1977 – Em 12 de dezembro, a médica e pesquisadora dinamarquesa, Margrette P. Rask, morre em decorrência de uma pneumonia. Rask havia estado na África, estudando o Ebola, quando começou a apresentar diversos sintomas estranhos para a sua idade
1981 – A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é descrita, no entanto, sem nome científico. Neste ano, ocorreu a morte de Gaëtan Dugas, conhecido popularmente como “paciente zero”, pois acredita-se que ele tenha sido um dos primeiros a contrair a doença nos Estados Unidos.
1982 – No Brasil, os primeiros 7 casos confirmados ocorreram em São Paulo, todos os pacientes de prática homo/bissexual. Ainda neste ano, foram relatados casos de AIDS em 14 países ao redor do mundo e não existia ainda um nome para a doença.
1983 – Houve um grande pânico ao redor do mundo quando se cogitou que a doença poderia ser transmitida pelo ar e utensílios domésticos, após relato de casos de infecção em crianças dos EUA. Neste ano, aconteceu a primeira Conferência sobre AIDS, também nos EUA. A doença é relatada em 33 países e, pela primeira vez, pesquisadores isolam o vírus da Aids.
1984 – Descobre-se o retrovírus considerado agente etiológico da AIDS. No final deste ano, 7.000 americanos tinham a doença.
1985 – Chega ao mercado um teste sorológico para diagnóstico da infecção pelo HIV, usado para triagem em bancos de sangue, passando a ser utilizado em todo o mundo e diminuindo o risco de transmissão transfusional do vírus. Acontece a primeira Conferência Internacional de AIDS, em Atlanta. No final do ano, a AIDS havia sido relatada em 51 países e no Brasil acontece a primeira transmissão perinatal, em São Paulo.
1986 – Na segunda Conferência Internacional de AIDS, em Paris, foi reportada experiências iniciais do uso do AZT – fármaco utilizado como antirretroviral -, sendo aprovada para uso pela FDA – agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unido – , revelando um impacto sobre a mortalidade geral de pacientes infectados pelo HIV. Neste mesmo ano é fundada a ABIA – Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS, entidade referência na luta por maior controle dos bancos de sangue e contra a discriminação.
1987 – O primeiro hospital especializado em tratamento da AIDS é inaugurado pela princesa Diana, na Inglaterra. Neste ano, o Governo Americano repassa recursos para o desenvolvimento de programas globais de prevenção ao HIV/AIDS.
1988 – A OMS instituiu o Dia Mundial da AIDS, primeiro de dezembro, sendo esta a primeira edição com o tema: “Junte-se ao esforço mundial”.
1989 – Diversos medicamentos tornaram-se disponíveis no mercado para tratamento das infecções oportunistas e um novo antirretroviral, DDI, foi autorizado pelo FDA para pacientes com intolerância ao AZT.
1990 – Em dezembro de 1990, mais de 307 mil casos de AIDS havia sido oficialmente reportados pela OMS, porém havia estimativas de números próximos a 1 milhão.
1991 – O terceiro antirretroviral DDC foi autorizado pelo FDA para pacientes intolerantes ao AZT. No entanto, a partir desta época, descobriu-se que o AZT e as outras drogas estavam limitadas ao tratamento da AIDS, pois o HIV desenvolve resistência aos medicamentos que diminuem sua eficácia. No Brasil, iniciou-se o processo para a aquisição e distribuição gratuita de antirretrovirais (medicamentos que dificultam a multiplicação do HIV).
1992 – O FDA aprova o uso do DDC em combinação com o AZT para pacientes adultos com infecção avançada.
1993 – Ocorreram mais de 3,7 milhões de novos casos no mundo, sendo mais de 10 mil diariamente. Durante este ano, foi registrado o nascimento de mais de 350 mil crianças infectadas.
1994 – Um novo grupo de drogas passa a ser estudado, demonstrando potente efeito antiviral isoladamente ou em conjunto com drogas do grupo AZT, denominando-se o chamado coquetel. Embora tenha ocorrido a diminuição dos sintomas e da mortalidade, essa combinação não eliminava o vírus dos pacientes, era de alto custo e tinham bastantes efeitos colaterais. Mesmo com isso tudo, o coquetel era muito importante, pois reduziu de forma significativa a mortalidade de pacientes com AIDS.
1995 – O FDA aprovou o uso do Saquinavir, a primeira droga de um novo grupo, antirretroviral, de inibidores de Protease.
1996 – É criada a UNAIDS, um programa das Nações Unidas, que tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à AIDS.
1997 – A UNAIDS reportou um crescimento nos números mundiais de AIDS, sendo 30 milhões de pessoas vivendo com HIV/AIDS e 16 mil novas infecções por dia. A USAID/Brasil propõe estratégia de cinco anos para a prevenção do HIV/AIDS.
1998 – Na América Latina e Caribe, aproximadamente 65.000 indivíduos entre 15 e 24 anos de idade adquiriram o HIV.
1999 –Até este ano, 155.590 casos de AIDS foram registrados no Brasil, dos quais 43,23% na faixa etária entre 25 e 34 anos.
2000 – Cinco grandes companhias farmacêuticas concordam em diminuir o preço dos medicamentos utilizados no tratamento da Aids nos países em desenvolvimento, devido a um acordo promovido pelas Nações Unidas. No Brasil, os casos da doença começam a aumentar entre as mulheres.
2001 – Algumas patentes começam a ser quebradas pelo governo brasileiro, o que leva à negociação com a indústria farmacêutica internacional e redução dos preços dos medicamentos vendidos no país. Começa a realização de testes com vacinas em vários países.
2002 – Nasce o Fundo Global para o Combate à Aids, Tuberculose e Malária, a fim de captar e distribuir recursos para controlar essas três doenças que mais matam no mundo.
2003 – O Programa Nacional de DST/Aids recebe US$ 1 milhão da Fundação Bill & Melinda Gates como reconhecimento às ações de prevenção e assistência no país. Os recursos foram repassados para ONGs que atuam na causa.
2004 – Foi lançado o algoritmo brasileiro para testes de genotipagem.
2005 – Os casos no Brasil chegam a 371.827.
2006 – Em Toronto, no Canadá, ocorre a 16ª Conferência Mundial sobre Aids, que recebe mais de 20 mil pessoas. No Brasil, o preço do antirretroviral Tenofovir foi reduzido em 50%. Os registros de Aids no Brasil ultrapassam 433.000.
2007 – A sobrevida das pessoas com Aids aumenta no Brasil, onde o número de casos de infecção pelo HIV chega a 474.273. Os ministérios da Saúde e Educação e as Nações Unidas premiam máquinas de preservativos.
2008 – O Prêmio Nobel de Medicina é entregue aos franceses Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier pela descoberta do HIV, vírus causador da aids. Além disso, é concluído o processo de nacionalização de um teste que permite detectar a presença do HIV em apenas 15 minutos.
2009 – O Programa Nacional de DST e Aids torna-se departamento da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Desde 1980, já são 544.846 casos de Aids no país.
2010 – Durante a Copa do Mundo, uma parceria entre os governos do Brasil e África do Sul distribuiu 30 mil camisinhas e folders sobre prevenção da Aids e outras DST. A ação gerou economia de R$ 118 milhões na compra de antirretrovirais para os cofres públicos.
2011 – O Brasil anuncia a produção nacional de dois novos medicamentos para Aids – atazanavir e raltegravir.
2012 – É realizada a campanha de conscientização do carnaval com foco principal em jovens homossexuais.
2013 – Testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites Virais, passam a ser realizados por enfermeiros. É aprovado novo protocolo clínico de tratamento de adultos com Aids.
2014 – São realizadas diversas campanhas de prevenção e educação.
2015 – Foram escolhidas festas tradicionais brasileiras para dar continuidade às campanhas, a fim de atingir o público jovem, considerado alvo principal da doença.
2016 – Em 2016, 19,5 milhões tiveram acesso ao tratamento da doença.
2017 – Anvisa libera comercialização de autoteste para o HIV em farmácias. Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) passa a ser ofertada pelo SUS.
2018 – A mortalidade relacionada à AIDS diminuiu 33% desde 2010.
2019 – Cerca de 37,9 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV, sendo que 23,3 milhões têm acesso à terapia antirretroviral.
2020 – Segundo dados da UNAIDS, desde o auge em 1998, as novas infecções por HIV diminuíram 47%.
Para saber mais sobre as principais notícias sobre a doença no Brasil e no mundo, continue acompanhando nossa página! Os dados deste texto foram retirados do artigo citado abaixo.

Fonte:
https://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3837/-1/linha-do-tempo-da-aids-do-primeiro-caso-aos-dias-atuais.html