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O mês de junho, também conhecido como o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, é dedicado a celebrar a diversidade e a inclusão desse público. O objetivo deste mês é realizar eventos como paradas, festivais culturais e programas educacionais.
A sigla representa grupos que não se identificam com a heterossexualidade ou o conceito de que apenas os gêneros masculino e feminino existam. Atualmente a sigla é composta, por lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, intersexo, assexuais, pansexuais, não binários e o “+” é usado para incluir outros grupos que possam ser representados pela sigla.
Junho se transformou no Mês do Orgulho em 1969, quando aconteceu a Revolta de Stonewall, que foi um bar frequentado pelo público LGBTQIAPN+ em Nova York que era frequentemente invadido pela polícia que prendiam os frequentadores não apenas desse bar, mas de clubes da região também. Foi no bar Stonewall Inn, em 28 de junho de 1969, que seus frequentadores se rebelaram contra a repressão policial dando as mãos e marchando, pedindo que fosse respeitado seu direito de existir. A revolta durou por dias e ficou marcada na história das lutas pelos direitos das pessoas LGBTQIAPN+.
Estigma e discriminação
A aids, no início dos anos 1980, era um grande mistério para os profissionais da saúde. A imprensa e os cientistas daquela época chamaram de “grupos de risco” gays, pessoas trans, profissionais do sexo e usuários de drogas. Isso acabou criando um grande estigma em torno da doença e desses grupos já que passaram a associar a aids com a homossexualidade.
Atualmente, no Brasil, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV e a Aids. E de acordo com a UNAIDS a doença mata dez vezes mais a população LGBTQIAPN+ do que a violência. Entre gays e homens que fazem sexo com homens, a prevalência da infecção por HIV é de 18%, entre a população de travestis e pessoas trans esse número chega a 30%. De acordo com a Cartilha da Saúde publicada pela UNAIDS, a vulnerabilidade ao HIV por parte dessa população está ligada à exclusão social, ao estigma e ao preconceito.
Muitas pessoas LGBTQIAPN+ têm resistência em falar sobre HIV/Aids, já que existe um certo receio de fomentar o estigma de que a doença está ligada apenas a essa população. Porém, é preciso falar sobre HIV/Aids, métodos de prevenção e cuidados com a doença, para que haja uma maior conscientização por parte de toda a população.
Brasil se junta a iniciativa global
Atualmente, 35 países, incluindo o Brasil, aderem formalmente à Parceria Global, que é uma inciiativa que se compromete em atuar contra o estigma e a discriminação relacionados ao HIV e a Aids nos serviços de saúde, espaços educacionais, locais de trabalho, sistema de justiça, ambiente doméstico e comunitário, sistemas de emergência e crises humanitárias. A adesão do Brasil nessa parceria aconteceu no mês passado, no Dia Mundial Contra a Homofobia.
Ao se juntar a esta iniciativa, o Brasil tenta reafirmar um compromisso de defender os direitos humanos, promover a inclusão social e eliminar as barreiras de acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV/Aids