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Artigo divulgado por pesquisadores canadenses, evidenciou que pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) indetectável e que receberam duas doses de vacinas contra a COVID-19 não tiveram uma queda maior de anticorpos do que pessoas que vivem sem HIV.
Além da forma original do vírus, foram analisadas suas variantes, com foco na Ômicron, que vem se tornando a variante dominante em todo o mundo. Por conta disso, os cientistas procuram entender se nos casos de infecção por esta variante as vacinas produzem respostas mais fracas em pessoas com HIV.
Fases do estudo
Foi coletado e comparado os resultados de quatro períodos, sendo eles um, três e seis meses após a segunda dose da vacina contra o coronavírus e um mês após a terceira dose (ou dose de reforço), tanto para a forma original do SARS-CoV-2 quanto para a variante Ômicron.
Durante todo o estudo, as pessoas com HIV seguiram recebendo tratamento antirretroviral e tinham cargas do vírus indetectáveis. Além disso, os pesquisadores não encontraram qualquer evidência de neutralização do vírus mais fraca, nem de respostas vacinais menos eficientes em pessoas com histórico de baixa contagem de células CD4 – células do sistema imunológico afetadas pelo HIV.
Vacinas manipuladas
A maioria das pessoas neste estudo recebeu uma vacina de mRNA dos laboratórios da Moderna ou Pfizer. No Canadá era comum o uso de imunizantes de diferentes laboratórios para a primeira e segunda dose, porque todos tinham que tomar pelo menos uma vacina de mRNA.
Todos receberam um imunizante de mRNA com a terceira dose, incluindo 70% das pessoas com HIV que receberam a vacina do laboratório Moderna. Além disso, pessoas com 70 anos ou mais e pessoas com HIV que atendiam qualquer critério de prioridade receberam uma dose mais alta, de 100 mcg, ao invés da dose de reforço padrão de 50 mcg.
Resultados encontrados
Após três e seis meses da aplicação da segunda dose do imunizante, as concentrações de anticorpos do domínio de ligação ao receptor do Covid-19 diminuíram tanto em pessoas com HIV quanto no grupo de controle. Além do mais, os pesquisadores não encontraram uma queda na taxa de anticorpos após a aplicação da segunda dose em pessoas com HIV e o grupo controle.
Por fim, os pesquisadores concluíram que as descobertas garantem que a baixa contagem da célula CD4 não compromete as respostas das vacinas e que pessoas que seguem o tratamento médico corretamente têm respostas tão boas, se não melhores, a uma terceira dose de vacina do que pessoas sem HIV.
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