Blog

bola

Profissionais de saúde pedem RH mais qualificado para os Centros de Testagem e Aconselhamento

Profissionais de saúde pedem RH mais qualificado para os Centros de Testagem e Aconselhamento

TESTE-HIV

Representantes municipais se reuniram nos dias 11 e 12 de setembro, em São Paulo, para o III Encontro de CTAs (Centro de Testagem e Aconselhamento em DST/Aids) do estado. Um dos objetivos do evento foi discutir problemas em comum e, junto ao Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, propor alternativas para melhorar o atendimento dos CTAs.

Debates sobre a profilaxia pós-exposição sexual (PEP) do HIV ganharam destaque nas demandas apresentadas pelo participantes. “As novas tecnologias de prevenção as DSTs estão sendo implantadas nos serviços, mas faltam profissionais para colocar em prática”, disseram.

Eles se referiram principalmente a falta de médicos em alguns CTAs e a falta de materiais informativos para divulgar a profilaxia. “Podemos orientar as pessoas sobre a PEP, mas não podemos medicá-las”, observaram.

A PEP é uma forma de prevenção da infecção pelo HIV usando os medicamentos que fazem parte do coquetel antiaids, para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, pelo sexo sem camisinha. Esses medicamentos precisam ser tomados por 28 dias, sem parar, para impedir a infecção, sempre com orientação médica.

Essa forma de prevenção já é usada com sucesso nos casos de violência sexual e de profissionais de saúde que se acidentam com agulhas e outros objetos cortantes contaminados.

Os profissionais de saúde pediram ao Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo que crie um protocolo e também folhetos para a divulgação da PEP sexual. “As pessoas precisam saber que é possível prevenir a infecção do HIV mesmo depois de entrar em contato com o vírus”, declaram.

Os Centro de Testagem e Aconselhamento foram criados para facilitar o acesso da população ao teste anti-HIV, garantindo o sigilo e a possibilidade de anonimato. Hoje, cada vez mais unidades de saúde oferecem o teste e realizam ações preventivas.

“A epidemia está concentrada, então é tempo de discutir novas estratégias, novas tecnologias, e nós temos o que oferecer para a população”, declarou Ivone Aparecida de Paula, do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo.

Ela continua: “O CTA é um serviço importante e um evento como este vem no sentido de organizar os CTAs e ter uma possibilidade de uma rede estruturada. Hoje os serviços podem ofertar mais do que está ofertando e até acolher pessoas que não vivem com HIV e aids na perspectiva da prevenção”, completou.

Uma outra demanda apresentada pelos participantes foi sobre a falta de eventos para discutir os problemas do CTAS, segundo eles, o último encontro aconteceu em 2007.

A psicóloga do CRT e interlocutora do CTA, Karina Wolffenbuttel, explicou que desde 2007 o principal contato com os CTAs foi referente a implantação do teste rápido de HIV nessas redes, no entanto, não discutiram o papel dos CTAs. “Nós trabalhamos com os CTAs na perspectiva de implantar uma tecnologia nova, que não é mais tão nova, mas naquela época o objetivo era capacitar os CTAs, agora vamos dar continuidade a outras demandas”.

O evento terminou com a proposta de criar um grupo de trabalho para discutir com frequência as dificuldades que os serviços encontram em seus municípios.

Fonte: Agência Aids