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Como já falamos por aqui, a informação é a chave para a prevenção e o tratamento de diversas doenças, inclusive para as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Por esta razão, entender como funcionam todos os métodos e saber como eles agem entre si é fundamental para a saúde pública.
Neste texto, vamos falar sobre a mandala de prevenção combinada, um conjunto de estratégias que utiliza diferentes abordagens para dar uma resposta ao HIV e outras ISTs. Confira!
Mandala de prevenção combinada
O conjunto de estratégias apresentadas pela mandala de prevenção combinada, podem ser estruturais, comportamentais e biomédicas.
Segundo o site da Prefeitura de São Paulo, a prevenção combinada “abrange o uso da camisinha externa (masculina) ou interna (feminina), gel lubrificante, diagnóstico e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (IST), testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV (PrEP e PEP, respectivamente), imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral (TARV) para todas as PVHA e redução de danos’’.
Confira cada item da mandala
Preservativo e gel lubrificante
Conhecido popularmente como camisinha, o preservativo é um dos principais métodos de prevenção às ISTs. Seja ele feminino ou masculino, os dois evitam uma série de ISTs e a gravidez não planejada.
O gel lubrificante, por sua vez, ajuda na diminuição do atrito, diminuindo a possibilidade de micro lesões nas mucosas genitais e anais, lesões estas que funcionam como porta de entrada para o HIV e outros microorganismos. Entretanto, recomenda-se seu uso associado ao preservativo para potencializar a prevenção. Lembrando que ele sempre deve ser à base de água para não danificar o material da camisinha.
O preservativo externo, interno (feminino) e o gel lubrificante são disponibilizados gratuitamente na rede pública de saúde.
Tratamento como prevenção
Neste item estamos falando particularmente sobre o uso de medicamentos antirretrovirais que fazem com que as pessoas vivendo com HIV/AIDS alcancem a chamada “carga viral indetectável”.
De acordo com estudos realizados, as pessoas que convivem com HIV e possuem carga viral indetectável, ganham uma melhora na qualidade de vida, além de não transmitirem o HIV (em caso de carga viral indetectável mantida por pelo menos seis meses).
Profilaxia para Exposição de Risco e Infecção pelo HIV (PrEP)
A profilaxia pré-exposição de risco e infecção pelo HIV (PrEP), consiste no uso diário de antirretrovirais antes da exposição sexual ao vírus como forma de prevenir e reduzir os riscos de infecção.
Entretanto, embora seja eficaz contra o HIV, a PrEP não previne contra outras infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) e, por isso, as demais formas de prevenção não devem ser abandonadas.
Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP)
A Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), é uma medida de urgência que deve ser administrada em casos em que a pessoa é acidentalmente exposta ao vírus do HIV e outras IST’s – como em casos de violência sexual, relação desprotegida ou em que o preservativo se rompe ou se perde e em acidentes com instrumentos cortantes e/ou contato com material biológico.
Redução de Danos
Já que o vírus do HIV e os causadores de hepatites estão presentes em nosso sangue, existe o risco de infecção cada vez que dividimos alicates, seringas, agulhas e qualquer outro produto que corte ou fure nossa pele. Por isso, é recomendado não compartilhar esses tipos de equipamentos.
Essas recomendações fazem parte da estratégia de redução de danos do Ministério da Saúde, que tem o intuito de reduzir os prejuízos sociais e à saúde de quem usa álcool e outras drogas. Levando em consideração que esse problema de saúde pública existe.
Prevenção da transmissão vertical
A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) através da mãe durante a gestação, parto e, em alguns casos, durante a amamentação.
Toda pessoa grávida precisa realizar o pré-natal e os exames para detectar o HIV e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão da pessoa para a criança. A parceria sexual também deverá comparecer ao serviço de saúde para ser orientada e tratada a fim de evitar a reinfecção da(o) gestante.
Testagem de HIV e outras ISTs
O diagnóstico precoce pode salvar vidas. Quando o teste é realizado de maneira precoce aumenta a expectativa de vida da pessoa que convive com o HIV. Já que, com isso, é possível buscar o tratamento adequado, melhorando, assim, a qualidade de vida da pessoa infectada.
Os testes estão disponíveis em todas as unidades da Rede Municipal Especializada (RME) em IST/Aids e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Paulo.
Imunização
Vacinas salvam vidas! Embora não existam vacinas para HIV, outras infecções podem ser evitadas por meio da imunização. A vacina contra Hepatite B é bastante eficaz, mas são necessárias três doses para garantir a proteção. Ela está disponível nos serviços de saúde; para a Hepatite C não existe vacina até o momento. É importante também manter a vacinação de adolescentes em dia para o HPV.
Visite uma Unidade Básica de Saúde e se informe!
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