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Uma universidade da China começou a vender testes de diagnóstico de HIV em máquinas automáticas do campus, ao lado de bebidas e doces, o que gerou certa polêmica nas redes sociais do país.
A iniciativa, promovida pela Associação Chinesa para a Prevenção do HIV e de Doenças Sexualmente Transmissíveis, começou na Universidade Petrolífera do Sudoeste, na cidade de Nantong, na província central de Sichuan.
Desde que as imagens dessas máquinas começaram a ser divulgadas em plataformas como o Weibo, o equivalente chinês do Twitter, a medida se transformou em um dos assuntos mais comentados nas redes sociais chinesas, onde a surpresa não ficou apenas na forma de venda, mas também no baixo preço dos testes.
Nas máquinas da universidade, os testes são vendidos a cerca de 30 iuanes (US$ 4,4), um preço dez vezes menor que o original, por isso alguns usuários das redes sociais manifestaram seu temor de que os estudantes possam comprar testes em grandes quantidades para revendê-los na internet.
Além disso, os críticos à iniciativa enfatizam que esta não é a for
“Qual é a utilidade disto? É melhor reduzir o risco de contrair HIV sendo mais cuidadoso com as relações sexuais”, destacou um usuário do Weibo, enquanto outros defenderam a medida, alegando que a mesma serviria para ajudar a combater o problema da falta de conscientização.ma mais adequada para promover a prevenção.
“O HIV está em ascensão na China, pois existem muitos portadores do vírus que não sabem que estão infectados e, por isso, não recebem tratamento. Há certa vergonha e rejeição social”, destacou outro usuário para defender a venda do teste em lugares pouco ortodoxos.
A iniciativa de comercializar testes de HIV em máquinas automáticas acontece um mês depois da divulgação de um estudo nos veículos de imprensa oficiais chineses, que alertou para o forte aumento dos casos de infecção do vírus entre estudantes adolescentes e jovens, que se transformaram em um grupo de risco.
Segundo o Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e AIDS), pelo menos 500 mil pessoas são portadoras do vírus na China e, embora a incidência de HIV seja relativamente baixa em um país tão populoso, ainda preocupa a falta de conscientização entre determinados grupos de risco, como dependentes químicos e jovens.
Fonte: Agência AIDS